eu acordo e enxergo um teto escuro
saio para ver algo e vejo abominações e bençãos ambulantes nas ruas
os bancos que tentam me assaltar
o dinheiro que não compra absolutamente nada
gatos fritos, cantores vagabundos e canções ridiculas, remedios espaciais
sangue escorrendo pelos bueiros e o vomito no churrasco no prato alheio
viajo por entre todas as vicissitudes
você que só sabe andar com os pés na pureza
saiba - te admiro e te desafio
o que era dele é dela
agora derrame mostarda na sua camisa branca e
espere secar com o vento que vem de direções desconhecidas
encima de um alto alto alto prédio na rua augusta ou na praia de boa viagem
no caminho, nas escadas, no elevador cuspa no olho de um desses podres falsos seres humanos
com uma faca afiada nada mais que um tomate me ultrapassa a existência pra temperar um bom arroz e se fazer tamanha saborosa refeição matinal tomates tomates, até assassinos
grite o meu nome, gentilmente, encima dos mortos morinbundos empilhados no meio daquela praça sutilmente escondida atrás dos seus olhos sem que percebam, também cruzem avenidas com tunicas brancas e esquisitas máscaras pretas cobrindo as suas identidades ocultas, os seus belos rostos
esbarre com um policial no meio da rua e mostre as delicias, os prazeres e as belezas do corpo nu
loucos de perucas fodendo com latas de lixo nas esquinas
desafie a filosofia das multidões com saias bem ventiladas
ventiladores, esses indispensáveis para a nossa existência
idiotas os que dizem dela fraca ou breve ou vaga
aliás, os idiotas precisam ser amados também por carecerem da lucidez de se ver
nada de hospitalidade
nem hospitais
estou cheio de doentes
saio para ver algo e vejo abominações e bençãos ambulantes nas ruas
os bancos que tentam me assaltar
o dinheiro que não compra absolutamente nada
gatos fritos, cantores vagabundos e canções ridiculas, remedios espaciais
sangue escorrendo pelos bueiros e o vomito no churrasco no prato alheio
viajo por entre todas as vicissitudes
você que só sabe andar com os pés na pureza
saiba - te admiro e te desafio
o que era dele é dela
agora derrame mostarda na sua camisa branca e
espere secar com o vento que vem de direções desconhecidas
encima de um alto alto alto prédio na rua augusta ou na praia de boa viagem
no caminho, nas escadas, no elevador cuspa no olho de um desses podres falsos seres humanos
com uma faca afiada nada mais que um tomate me ultrapassa a existência pra temperar um bom arroz e se fazer tamanha saborosa refeição matinal tomates tomates, até assassinos
grite o meu nome, gentilmente, encima dos mortos morinbundos empilhados no meio daquela praça sutilmente escondida atrás dos seus olhos sem que percebam, também cruzem avenidas com tunicas brancas e esquisitas máscaras pretas cobrindo as suas identidades ocultas, os seus belos rostos
esbarre com um policial no meio da rua e mostre as delicias, os prazeres e as belezas do corpo nu
loucos de perucas fodendo com latas de lixo nas esquinas
desafie a filosofia das multidões com saias bem ventiladas
ventiladores, esses indispensáveis para a nossa existência
idiotas os que dizem dela fraca ou breve ou vaga
aliás, os idiotas precisam ser amados também por carecerem da lucidez de se ver
nada de hospitalidade
nem hospitais
estou cheio de doentes
2 comentários:
Primeiro:"agora derrame mostarda na sua camisa branca e
espere secar com o vento que vem de direções desconhecidas"
Amo. mostarda. e essa imagem construída pelo texto ficou tão manchada...saborosa
Segundo:
"aliás, os idiotas precisam ser amados também por carecerem da lucidez de se ver "
Sim, bonito.
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