sábado, 24 de dezembro de 2011

cuatro

e, de fato, melancolia me apraz. felicidade de se ver triste ou de enxergar a tristeza através dos olhos da beleza. um gato faceiro que acabou de derrubar uma xícara de chá verde encima da cama e se atira numa poça de entendimento. ao deitar em colchas de melancolia, é a minha própria essência. penetrar véus de fumaça e vapor, encontrar desolação e fantasia. render-me ao desejo de me liquefazer. e escorrer existência por entre os dedos. a insatisfação, o anseio por emoções sofisticadas e a natureza dos sentimentos não-polidos.
complexo o caminho até o indivíduo.

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